Os pacientes que possuem câncer no cérebro – e seus amigos e familiares, claro – receberam uma excelente notícia nos últimos dias. Segundo o site CBS Boston, cientistas do Brigham and Women’s Hospital (Boston) desenvolveram uma vacina experimental que acaba com os tumores cerebrais e impossibilita o retorno da doença. 

A revista Science Translational Medicine foi a responsável por publicar os resultados da pesquisa. Quer saber mais? Continue lendo este artigo. 

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Afinal, como funciona a vacina experimental
acaba tumores cerebrais?

Vacina experimental acaba com tumores cerebrais e previne retorno da doença
Imagem ilustrativa (Foto: Mufid Majnun/Unsplash)

Em primeiro lugar, é importante destacar que os resultados indicaram que a nova terapia mostrou segurança e eficácia. 

Além disso, o estudo mostrou que a terapia ofereceu uma resposta imune prolongada para o glioblastoma, um tipo de tumor severo e letal que acomete o cérebro. 

O diretor do CSTI (Centro de Células Tronco e Imunoterapia Translacional), Khalid Shah, explicou que, para a criação da vacina, os pesquisadores usaram a engenharia genética. Além disso, redirecionaram as células cancerígenas para produzir uma terapêutica capaz de destruir as partículas tumorais, bem como eliminar os tumores primários e evitar o câncer. 

Além da eficácia contra tumores cerebrais, os cientistas avaliam que outros tipos de doença poderão receber tratamento com esta vacina experimental. 

Qual a diferença em relação a outras terapias?

As terapias que estão em desenvolvimento contra o câncer, atualmente, utilizam células tumorais inativadas a fim de auxiliar o sistema imunológico a reconhecer os tumores e destruí-los. 

Por outro lado, a vacina experimental para tumores cerebrais criada pelo Brigham and Women’s Hospital usa uma abordagem inovadora de edição genética denominada CRISPR-Cas9. 

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Nesse método, as células tumorais vivas se transformam em agentes anticancerígenos. Com isso, as partículas podem se instalar em outras células tumorais na parte interna do cérebro e, dessa forma, conduzir os agentes anticancerígenos diretamente para o alvo. 

Além disso, essa técnica permite que o sistema imunológico identifique e ‘lembre’ das células tumorais com mais facilidade, o que possibilita um preparo para uma solução antitumoral de prazo mais longo. 

Segundo Shah, a vacina experimental para tumores cerebrais foi testada somente em camundongos com sistemas imunológicos similares aos dos seres humanos. No entanto, a estimativa é que a testagem comece em breve em pessoas. Para isso, porém, é necessário conduzir alguns testes de segurança. 

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